quinta-feira, 8 de março de 2012

Especial 8 de março: "Sou Mulher, sou Farmacêutica e tenho Direitos"

     Difícil pensar que num mundo como o de hoje ainda haja necessidade de reforçar anualmente a importância da mulher na sociedade. Mais do que uma data para comemorar a importância deste gênero em nossas vidas, o dia 08 de março é sem duvida um momento para que tod@s possam refletir e lutar contra a discriminação da mulher no mundo. Até certo ponto podemos duvidar que tal condição ainda exista e ao olhar para o lado  para o lodo podemos até pensar que isso não acontece próximo a nós, no entanto meus caros, os números são soberanos e não mentem:
  • Em média, mundialmente, as mulheres ganham 30% menos do que os homens, no Brasil para cada  R$100,00 recebidos pelo funcionário do sexo masculino, uma mulher receberá R$66,10; 
  • As mulheres inseridas no mercado de trabalho dedicam 22,1 horas por semana às refas da casa, enquanto os homens gastam apenas 9,9 horas com essas atividades. A dupla jornada ainda é a realidade da mulher brasileira, apenas 6,1% dos homens brasileiros dividem as tarefas domésticas com elas;
  • O Brasil lidera o ranking mundial de violência contra a mulher. De acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade de Vitimologia Internacional, chega a 25% o número de mulheres no país que sofrem violência e 70% das mulheres assassinadas foram vítimas dos próprios maridos. Mesmo assim, apenas 2% das queixas desse tipo de violência resultam em punição;
  • No Brasil 50% da mão de obra economicamente ativa estão representadas pelas mulheres. As mulheres ocupam menos de 10% dos cargos políticos existentes;    
             Estes dados contrariam em amplos aspectos os 12 diretos das Mulheres estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU):
  1. Direito à vida.
  2. Direito à liberdade e à segurança pessoal.
  3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação.
  4. Direito à liberdade de pensamento.
  5. Direito à informação e à educação.
  6. Direito à privacidade.
  7. Direito à saúde e à proteção desta.
  8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família.
  9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.
  10. Direito aos benefícios do progresso científico.
  11. Direito à liberdade de reunião e participação política
  12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.

            No universo da categoria farmacêutica as mulheres são maioria, composta por mais de 130 mil profissionais, representam cerca de 70% da classe. Para garantir o direito dessas mulheres a Federação Nacional dos Farmacêuticos desenvolve uma campanha em todo brasil, intitulada: "Sou Mulher, sou Farmacêutica e tenho Diretos". Luta da qual devemos conhecer e apoiar. 


            Se outrora convivíamos com uma profissão predominantemente masculina, vide os antigos boticários (homens), hoje vivemos uma revolução profissional conduzida em grande parte pelas mulheres.  
       O advento da Atenção Farmacêutica e a retomada do cuidado clinico pelos farmacêuticos por exemplo, têm como ícones principais duas mulheres: A Dra. Maria José Faus Dader do Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica" - Universidad de Granada e a Dra. Linda M. Strand da University of Minnesota. Essas profissionais não só contribuem para o desenvolvimento de uma nova pratica profissional, mas trouxeram a tona a discussão da razão de ser do farmacêutico.

                                                        Linda M. Strand                                          Maria José F. Dader


        No Brasil a farmacêutica mais conhecida por toda a população brasileira e por uma serie de órgãos internacionais se destacou por uma causa muito além dos limites profissionais, se destacou pela luta em favor dos direitos das mulheres e contra a violência domestica:

        Maria da Penha Maia Fernandes é uma farmacêutica bioquímica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com mais de 60 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.

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          Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva a Lei Maria da Penha, na qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.
         Em 1983, seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Nove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por 16 meses, cumprindo depois o regime semiaberto e depois liberdade condicional, hoje permanece livre.
     O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará. Ela esteve presente à cerimônia da sanção da lei brasileira que leva seu nome, junto aos demais ministros e representantes do movimento feminista.
      A nova lei reconhece a gravidade dos casos de violência doméstica e retira dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor potencial ofensivo) a competência para julgá-los. Em artigo publicado em 2003, a advogada Carmem Campos apontava os vários déficits desta prática jurídica, que, na maioria dos casos, gerava arquivamento massivo dos processos, insatisfação das vítimas e banalização da violência doméstica.

     Sem dúvida uma grande lição de uma farmacêutica, mulher que lutou por seus direitos!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Serviços Farmacêuticos em Farmácias Comerciais: resgate vocacional e oportunidade de negócios.

           
           Nos períodos anteriores a estruturação dos serviços de saúde e a explosão da industria farmacêutica o oficio dos antigos boticários possuía um caráter de essencialidade para o tratamento das doenças da população. Este profissional fazia parte do cotidiano da sociedade e se destacava pelo cuidado com as pessoas.
            Novas oportunidades no ambiente do varejo farmacêutico podem resgatar o papel do farmacêutico no cuidado dos pacientes, aumentar os lucros e modificar a relação das pessoas com pequenos cuidados em saúde, estabelecidos nos chamados "Serviços Farmacêuticos" estalecidos pela RDC nº 44/09 da ANVISA. 
             Neste post gostaria de dividir alguns videos de Serviços Farmacêuticos que podem ser praticados em Farmácias e Drogarias:


Perfuração do Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos





Administração de Medicamentos

  • Via Subcutânea:


  • Via Intramuscular:





Aferição da Pressão Arterial






Glicemia Capilar